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Tocar a tua barba sempre foi motivo de desculpa, carícia culpada. Enquanto pensava  os pelos em minha pele, sentia o pudor que brotava dos seus dedos afastando-se de mim. Perdi tudo ao perder você. As estrelas caíram do céu. Os móveis voltaram a ficar velhos, enquanto não havia nada dentro deles, memórias escassas de toques e noites. O mofo da minha alma ao saber que você não estaria mais ali. Nem tuas carícias nuas na cama, enquanto a solidão me preenchia, pouco a pouco.